Cidade mais antiga do DF celebra sua trajetória com patrimônio preservado e um calendário que une fé e cultura

Planaltina chega aos 166 anos com a força de quem guarda memórias e segue em movimento. Fundada em 1859, quando ainda pertencia a Goiás, a cidade conserva marcos que ajudam a entender a formação do Distrito Federal e valorizam o pertencimento de quem vive ali.

A Pedra Fundamental, instalada no Morro do Centenário, simboliza o sonho da nova capital. A Igreja de São Sebastião, do início do século XIX, segue como referência de devoção e arquitetura. No antigo casarão do centro, o Museu Histórico e Artístico conta, em objetos e relatos, o cotidiano de outras épocas. As ruas e praças do Centro Histórico completam o cenário, conectando passado e presente em um passeio que cabe no fim de tarde.

O calendário anual reforça essa identidade. Na Semana Santa, a Via Sacra do Morro da Capelinha transforma a cidade em palco a céu aberto e atrai moradores e visitantes. A tradicional Festa do Divino Espírito Santo, transmitida entre gerações, envolve cortejos, novenas e partilha. No campo espiritualista, o Vale do Amanhecer recebe fiéis e curiosos em rituais que se tornaram parte do roteiro local. Somam-se ainda iniciativas como a Expoplan, a Festa da Uva e eventos culturais que ocupam as ruas no mês do aniversário.

Ao completar 166 anos, Planaltina reafirma seu papel como guardiã de raízes e espaço de encontro. Entre monumentos, fé e celebrações, a cidade mostra que preservar memória é também abrir caminho para novas histórias.